Gestão de estoque
olhando o estoque

Se a sua empresa tem alguns dos problemas listados abaixo, talvez seja a hora de começar a gerir o estoque olhando o estoque. Pode parecer redundância, mesmo assim, é muito comum que gestores esqueçam desse detalhe ou até não percebam que não estão olhando como deveriam para o próprio inventário.

Esses são alguns dos problemas mais comuns com estoque:

  1. Baixa disponibilidade dos melhores produtos.
  2. Excesso dos piores produtos.
  3. Ruptura constante de alguns itens.
  4. Constantes mudanças de prioridades com os fornecedores.
  5. Baixo giro.
  6. Previsões de venda e consumo que não “batem” com a realidade.
  7. Pressão dos times para aumentar o estoque.
  8. Pressão do financeiro para reduzir o estoque.
  9. Altos níveis de remarcação e/ou descontos e promoções.

Praticamente todas as empresas possuem registros das vendas. Em boa parte, o registro é feito diariamente. Diferente dos dados de venda, a informação histórica de inventário é uma coisa rara de se encontrar. Algumas empresas até guardam a posição de 1 dia por semana, outras 1 dia por mês, outras 3 posições no ano, mas a maioria não tem esse histórico. Não ter esses dados históricos é um GRANDE indício que a gestão de estoque não é feita olhando o estoque.


Existem diversos softwares prontos para dizer quanto estoque a empresa precisa ter de cada produto em cada ponto de venda. Muitos desses programas são simples planilhas de Excel, mas outros possuem tecnologias muito avançadas – alguns até usam inteligência artificial.

A maneira de funcionamento desses programas é basicamente a mesma: recebem dados históricos de venda dos últimos anos, processam tudo (cada um com seu algoritmo), fazem as projeções e informam quantas peças serão vendidas. O fim do processo é fazer a compra da diferença entre quanto estoque a empresa deveria ter e quanto ela tem realmente.

No entanto, a maior parte desses programas possui o mesmo inconveniente: definir o estoque pela projeção de venda. É aí que tudo fica perigoso, pois se a empresa usa um desses programas, é quase garantido que a gestão de estoque não é feita olhando o estoque e sim o forecast.

Como apresentado no artigo “A sua projeção de demanda é precisa?”, nenhuma metodologia de previsão é perfeita e quando a definição do estoque é feita pela projeção, fatores importantes podem ser deixados de fora da conta.

Abaixo estão alguns exemplos de informações que nem sempre são consideradas nos algoritmos de previsão:

  1. Performance de venda prejudicada no passado por falta de estoque.
  2. Ações realizadas pela concorrência, como o lançamento de um produto melhor e mais barato.
  3. Variação da performance dos fornecedores, que às vezes atrasam e às vezes entregam adiantado.
  4. Mudanças de preço, por promoção ou reenquadramento (que influenciam não só o próprio produto, mas também os similares/substitutos).
  5. Ciclo de vida do produto, o best-seller do ano passado pode ser o atual slow-mover.

O resultado de uma operação ineficiente de estoque é sempre o mesmo, excesso de slow-movers (dinheiro gasto sem necessidade) e falta de best-sellers (perda de venda). A atitude essencial para conseguir resolver o problema de estoque é olhar o estoque.


De acordo com autores renomados, se você não acompanha algo, você não pode mensurá-lo e se você não pode mensurar algo, você não pode melhorá-lo.

Sendo assim, quando a gestão de estoque é feita olhando a projeção, o estoque não é acompanhado e se não é acompanhado, não pode ser mensurado. Uma vez que não pode ser mensurado, não pode ser melhorado.

Para conseguir resultados disruptivos, é necessário parar de acreditar que acompanhar giro, cobertura e markup é suficiente. Eles são importantes, mas são indicadores “sintoma” e não “raiz”.

Obviamente, não existe receita de bolo que servirá para todo mundo. Cada empresa tem a sua particularidade e alguns indicadores servirão para algumas, mas não para outras. O importante é lembrar de olhar o estoque quando foi gerir o estoque.




Resultados





Redução de estoque





Redução de ruptura





Aumento de venda





Aumento de lucro